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Santa Fe,Trailblazer e Freemont: levando sete

Com preços e propostas diferentes, Hyundai, Chevrolet e Fiat se encaram por sete lugares em sua garagem

10/04/2014 - Texto e Fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros

Houve uma época em que levar mais pessoas do que os cinco lugares de seu carro comportava não gerava nenhuma dúvida: bastava comprar uma VW Kombi e a questão estava resolvida. Mas hoje as opções se multiplicaram. Porém, se você quer mais espaço e conforto para você e seus passageiros, o iCarros separou três opções para levar sete com toda a comodidade.

Começando pela opção mais barata, o Fiat Freemont Precision custa R$ 103.950 e entrega bancos em couro, teto-solar elétrico, ar-condicionado automático de três zonas, tela de entretenimento central de toque com 8.4 polegadas, chave presencial, aquecimento dos bancos dianteiros, seis airbags e controle de estabilidade. De motorização, traz um bloco 2.4 a gasolina de quatro cilindros com 172 cv de potência e 22,4 kgfm de torque acoplado a uma caixa automática de seis marchas.

Subindo um degrau no preço, a Chevrolet cobra R$ 142.990 pelo Trailblazer LTZ com motor 3.6 V6 a gasolina de 239 cv e 33,5 kgfm de torque. A força pode ser transmitida às quatro rodas por meio do câmbio automático de seis velocidades com redução, o que dá reais capacidades ao SUV no uso fora de estrada. Apesar de mais forte e não ser um utilitário esportivo apenas na aparência, o modelo entrega menos equipamentos de série. Entre os principais estão o ar-condicionado automático de uma zona, controle de estabilidade, seis airbags e tela central de 7”.

O mais caro do trio é o Hyundai Santa Fe de sete lugares. Custa R$ 164.000, mas tem o conjunto mais completo e moderno da turma. A nova geração do modelo foi apresentada em 2013 e tem no visual forte e cheio de ângulos seu principal argumento. Mas também vem bem equipado. Possui itens como a tela central de toque, aquecimento para os bancos dianteiros e traseiros, ar-condicionado automático de duas zonas e chave presencial. O trem de força do modelo de origem sul-coreana é composto por um motor 3.3 V6 a gasolina de 270 cv e 32,4 kgfm acoplado a um câmbio automático de seis velocidades. O Santa Fe também conta com tração integral, mas opera na maior parte do tempo enviando a força para o eixo dianteiro, com as rodas traseiras atuando apenas quando as demais perdem tração.

Direto ao ponto, ou aos bancos

Se você pretende levar sete adultos em longas viagens, nenhum dos três rivais oferece espaço o suficiente para tal. Porém, a Trailblazer é a que obtém melhor resultado. Com 4,9 m de comprimento e 2,8 m de entreeixos, entrega a cabine mais arejada para todos. Até a segunda fileira, cabeças e pernas se acomodam bem, mas na terceira um adulto com mais de 1,70 m de altura já anda com os joelhos raspando nos bancos da frente. Mas o assoalho por lá é rebaixado e as pernas ficam em posição mais natural. Outro trunfo do SUV da Chevrolet é o acesso à última fileira. Basta acionar uma alavanca no banco do meio para que o encosto se abaixe e o assento se rebata, abrindo espaço o bastante para chegar aos últimos dois bancos sem dificuldades. Mas se tratando de um veículo pensado também para incursões em vias sem asfalto, o carro fica mais alto em relação ao chão e exige o uso de um degrau para, literalmente, subir.

O Freemont tem o mesmo comprimento, 4,9 m, e um pouco mais de entreeixos, 2,9 m, que se traduzem em ainda mais espaço para a segunda fileira. Na terceira, a mesma situação encontrada no Trailblazer: é possível acomodar adultos, mas apenas em trajetos curtos, pois as pernas ficam com pouco espaço. Para amenizar a situação, os bancos centrais deslizam sobre trilhos, permitindo uma melhor acomodação. Para chegar aos assentos do porta-malas aciona-se uma alavanca que ergue o assento da segunda fileira e a desliza para frente, abrindo um acesso à terceira fileira sem dificuldades.

O menor da turma é o Hyundai Santa Fe, com 4,7 m de comprimento e 2,7 m de entreeixos. Em consequência, também é o que tem menos espaço internamente tanto para a segunda quanto para a terceira fileira. Quem vai no porta-malas e tem mais do que 1,70 m de altura raspa a cabeça na tampa traseira e os assentos são baixos, obrigando quem vai por lá a ficar com as pernas dobradas.

Conforto e vida a bordo

Nesse quesito, o Fiat Freemont sai na frente. Não só pelo espaço interno, mas também pelo esforço em agradar principalmente que tem filhos pequenos. Há um pequeno espelho integrado ao porta-óculos que permite visualizar as duas fileiras traseiras. Além disso, há dois assentos elevatórios para crianças integrados ao banco do meio e quem vai atrás conta com o próprio controle individual de ar-condicionado. Tem até uma lanterna removível instalada no porta-malas. O acabamento interno também é esmerado, com o emprego materiais suaves ao toque ao longo de todo o painel e portas.

Apesar de não ser tão espaçoso para sete, o Hyundai Santa Fe sabe tratar bem que pega carona no SUV, afinal, aquecimento de bancos não é algo que se encontra em todos os carros, quanto mais na segunda fileira. Além, disso o visual da cabine é mais arrojado e as peças são bem montadas. A direção, com assistência elétrica, conta com três regulagens de ajuda ao motorista que podem deixar o volante extremamente leve para manobras ou mais firme, transmitindo mais segurança em altas velocidades. O teto-solar elétrico é grande e deixa as viagens proveitosas no sentido de curtir a paisagem.

Dos três, o mais simples é o Chevrolet Trailblazer. Emprega plásticos rígidos no painel e conta apenas com controle de ventilação para as fileiras traseiras. Além do espaço de sobra, oferece pouco mais que isso para o conforto dos passageiros. Porém, a proposta do SUV é encarar desafios fora-de-estrada e o rodar do modelo é o que passa a maior sensação de robustez.

Desempenho

Nenhum dos três modelos avaliados é um peso-pena. O Trailblazer tem 2.100 kg, contra 1.809 kg do Freemont e 1.773 kg do Santa Fe. Porém, mesmo tendo menos potência que o Hyundai, o Chevrolet tem o maior torque. Na prática, o carro da GM tem o mesmo desempenho em arrancadas e ultrapassagens que o de origem sul-coreana, que é mais leve, moderno e potente, mas nenhum dos dois chega a ser esportivo.

Dos três, é o Freemont quem fica para trás. Grande e pesado, dá trabalho para a transmissão de seis marchas, que permanece em constante movimento de trocas e esticando as marchas para que o motor quatro cilindros da Fiat entregue desempenho. Mas é preciso lembrar que a proposta do modelo é a de um veículo familiar.

Trailblazer, Santa Fe e Freemont são altos, medem 1,8 m, 1,7 m e 1,6 m, respectivamente. Então parcimônia ao explorar curvas é regra para os três. Nesse sentido, Hyundai e Freemont mostram os conjuntos com acerto mais correto, adernando de maneira controlável nas mudanças de direção, mas não chegam a ser firmes demais para estragar o conforto. O Trailblazer, porém, tem amortecedores mais moles, prevendo um uso em terrenos irregulares, mas no asfalto o SUV balança bastante e parece estar sempre movendo a carroceria, o que se torna incômodo com o tempo.

Veredicto de Thiago Moreno - O Santa Fe é o mais estiloso e equipado, mas cobra caro, enquanto o Trailblazer é mais indicado para quem for sair do asfalto. Nesse cenário, o Fiat Freemont surge como a melhor opção para levar sete pessoas não só por ser o carro mais barato, mas por ter o maior apreço pelo que é mais importante nesse tipo de veículo: as pessoas.

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