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Audi A4 é porta de entrada para os executivos

Sedãs com boas doses de desempenho, luxo e conforto. Confira como anda um executivo de entrada

04/12/2013 - Thiago Moreno / Fotos: Divulgação / Fonte: iCarros

A trinca de marcas alemãs premiuns, formada por Mercedes-Benz, BMW e Audi, fez fama a partir de grandes sedãs de luxo, que sempre pareceram sonhos inatingíveis. Porém, há uma classe mais humilde vinda das casas germânicas, com o cabelo bem cortado, um bom terno e atrás de trabalho, ou garagem: são os sedãs executivos. Nem modelos de entrada nem barcas glamorosas, esses modelos discretos querem ganhar quem busca luxo, mas com os pés bem fincados no chão.

Quem está atrás de um carro assim, tem três opções: o BMW 320i, o Mercedes-Benz Classe C200 Avantgarde e o Audi A4 Attraction, que são as versões de entrada de cada linha. Em desempenho e medidas, o três são bem similares. O A4 entrega 180 cv com um motor 2.0 a gasolina sobrealimentado por turbo e compressor; o 320i tem 184 cv com duas turbinas em seu 2.0 a gasolina; o C200 tem um 1.8 turbo a gasolina, mas consegue desenvolver 183 cv com o auxílio de uma turbina.

Altura? 1,4 m para todos. Largura? 1,8 m para os três. Entre-eixos? 2,8 m em comum. O Audi é ligeiramente mais comprido, com 4,7 m, contra 4,6 m dos demais. Falando em preço, o mais em conta é o modelo da marca das quatro argolas, que custa R$ 123 mil. Foi esta configuração que o iCarros avaliou para ver como é a porta de entrada da classe executiva.

Por que o Audi?

O Audi pode ser considerado um ponto de equilíbrio na trinca, se for considerado que, tradicionalmente, a BMW pende para a performance, enquanto a Mercedes se volta ao luxo. Ambos os rivais cobram a mais por isso: R$ 129.950 no 320i e R$ 138.500 no C200 para ser mais específico. O A4 Attraction entrega o mesmo pacote de equipamentos dos rivais, que inclui direção com assistência elétrica, ar-condicionado, bancos em couro, ajuste elétrico para o assento do motorista (que a BMW não oferece no 320i), airbags frontais e laterais, controle de estabilidade e sistema multimídia. Porém, não esqueçam da parte “de entrada” do título. O Audi não tem GPS nem sensor de estacionamento, coisa comum até em modelos populares. O mesmo ocorre com os rivais. No caso do A4, a navegação vem com o pacote MMI Plus, que custa R$ 10.500. Auxílio para baliza somente aparece nas versões mais caras (Ambiente e Ambition, de R$ 130.900 e R$ 162.200, respectivamente).

O A4 é o único com tração dianteira, indo direto ao ponto como um bom executivo. Em algumas situações, é mais eficiente que a tração traseira, que perde energia na transmissão da força para o eixo posterior. O sedã das quatro argolas tem linhas simples, com os três volumes bem definidos, um sedã no sentido literal da palavra. 

Executando

O Audi A4 é exatamente o que ele parece. Um passo acima do “primo” Volkswagen Passat 2.0 TSI (a marca pertence ao grupo Volkswagen), que é oferecido no Brasil em versão única a R$ 114.480 . O couro é usado no volante e na alavanca de câmbio e todos os painéis são bem montados, enquanto há materiais macios ao toque onde os olhos enxergam. Porém, o DNA não se esconde e o sedã mostra diversos equipamentos compartilhados com a família Volks, tais como o botão de acionamento dos faróis, as chaves de seta e do limpador de para-brisa. Onde os olhos não veem, os plásticos são rígidos.

A palavra de ordem do sedã é cumprir, não impressionar. O acerto de suspensão é mais firme, mas, como se trata de um carro caro, o acerto entre estabilidade e conforto se mostra na buraqueira. Tanto faz se o motorista guia a 40 km/h numa rua mal cuidada ou se contorna uma curva fechada a 120 km/h. A tranquilidade reina na cabine. Habitáculo, aliás, que comporta bem até quatro adultos sem problemas. Um quinto precisaria lidar com o túnel de transmissão, afinal, há configurações do A4 com tração integral.

Os 32,6 kgfm de torque são superiores ao que é visto nos rivais (27,5 kgfm para o BMW e o MB) . Mas aí você resolve que quer acelerar porque tem a maior força entre os três alemães e descobre que ele é o mais lento do grupo. Enquanto o 320i acelera de 0 a 100 km/h em 7,3 s e o C200 em 7,8 s, o A4 leva 8,2 s, de acordo com os fabricantes. 

Outros fatores que auxiliam na tranquilidade de performance do A4 são a direção e o câmbio. A primeira tem assistência elétrica variável, leve em manobras e que ganha firmeza de modo natural, sem causar estranheza, conforme a velocidade aumenta. O câmbio Multitronic (palavrão que a Audi usa pra definir o automático CVT) trabalha para manter a rotação sempre constante, o que é bom para a durabilidade e para o conforto, pois o modelo acelera de maneira uniforme, sem trancos.

Para quem quiser mais desempenho, a transmissão simula oito velocidades, que podem ser acionadas por meio de aletas atrás do volante que fazem as vezes de um modo manual de uma caixa automática convecional. Há também o sistema Torque Vectoring, que controla os freios das rodas dianteiras nas curvas para que o carro não desgarre de frente. Quando a roda interna perde aderência e o carro tende ao subesterço, o sistema usa o ABS para brecá-la individualmente, enviando a força para a que tem mais agarre.

Relativamente em conta e bem equipado, o Audi A4 Attraction consegue o que todo executivo quer: fechar o balanço no azul. Entrega o que promete desde o início sem rodeios e é um primeiro passo com o pé direito para o mundo das marcas premium.

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