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De JAC J3 a BMW Série 3, a consolidação do flex

Modelos importados e premiuns aderem à realidade bicombustível do mercado brasileiro

05/06/2014 - Anelisa Lopes / Fotos: Anelisa Lopes e Thiago Moreno / Fonte: iCarros

Há mais de dez anos, o motor bicombustível é realidade na vida dos motoristas. A possibilidade de escolha entre álcool e gasolina somou 88% do mercado brasileiro de carros zero-quilômetro nos primeiros quatro meses do ano, de acordo com a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). E se a tendência teve início com modelos populares e nacionais, fabricantes como a chinesa JAC Motors e a premium BMW mostram que o flex é realidade para todos os segmentos. 

"Diante deste cenário, os motores flex seguirão o downsizing com o objetivo de diminuir o consumo e as emissões de poluentes, ou seja, reduzir o tamanho do motor, sem que haja perda significativa de potência e rendimento, utilizando-se novas tecnologias, como aplicação de comando de válvulas variável, injeção direta, sobrealimentação, entre outros", explica o gestor de operações da  WeCare Auto Carlos Alberto Moncau.

JAC J3 S 1.5 Jet Flex

Produzido em Hefei, na China, o motor bicombustível estreou na linha J3 em abril deste ano e, segundo definição do presidente da marca no País, Sergio Habib, é uma opção para o comprador que desejava elementos esportivos, tanto no hatch como no sedã, uma vez que, além do motor mais potente, o carro traz elementos visuais com este apelo. Até o final do ano, o pequeno J2 e a minivan J6 também receberão a tecnologia flexível sob o capô.

Na linha J3, o bloco de 1,5 litro chega aos 125 cv/127 cv de potência e 15,5 kgfm/15,7 kgfm de toque, com gasolina e etanol, respectivamente. De acordo com a JAC, foram 12 meses para que o projeto ficasse pronto. Em relação à unidade a gasolina, as principais diferenças ficam por conta da incorporação de peças anticorrosivas e do sistema de injeção de combustível com pré-aquecimento, já que o veículo não usa tanque de partida a frio. 

Caraterísticas do modelo que usava somente o derivado do petróleo, como pedal da embreagem macio demais e ruído da cabine, permanecem na versão flex. A principal diferença fica por conta do desempenho em estrada, já que, com mais potência, o modelo embala com mais facilidade, chegando a 120 km/h sem muito esforço. Durante a avaliação, a autonomia do tanque de 48 litros chegou a quase 350 quilômetros com etanol. 

BMW 320i ActiveFlex

Assim como o chinês J3, o Série 3 também passará a ser feito no Brasil, mas, desde o final do ano passado, o modelo já conta a tecnologia flex. Disponível em três versões de acabamento (faixa de preço entre R$ 133.950 e R$ 158.950), o 320i ActiveFlex combina tecnologia do turbocompressor à flexibilidade do uso de álcool e gasolina. São 185 cv de potência e 27,5 kgfm de torque. 

Primeiro projeto do segmento de luxo a contar com a possibilidade de escolha de combustível, o motor do 320i, produzido na Alemanha, levou cerca de um ano para ficar pronto. Segundo a montadora, foi desenvolvido um combustível específico com as piores características possíveis para teste. A tendência é que a motorização ActiveFlex se estenda a outros modelos da linha da marca alemã. 

Com força máxima atingida entre 1.250 e 4.500 rpm, o 320i não deixa o conforto nem a esportividade de lado. Quando o pedal solicita, o motor turbo entrega o necessário para a condução, seja ela tranquila em vias urbanas ou mais agressiva, com uma pitada da tração traseira, na estrada. E com a transmissão de oito marchas, o trabalho conjunto entre motor e câmbio se mostra bem ágil. Uma das tecnologias que vale citar é o start/stop, que liga e desliga o carro automaticamente nas paradas. A BMW informa aceleração de 0 a 100 km/h em 7,3 segundos e velocidade máxima de 235 km/h para o modelo, mesmo desempenho do veículo a gasolina.

Como escolher o combustível? - mesmo mais de uma década entre os brasileiros, ainda existe dúvida na hora de escolher o combustível mais vantajoso. Vale lembrar, no entanto, que na maioria dos modelos flex, a potência com álcool é maior, mas, por outro lado, a autonomia com gasolina rende mais. Nestes casos, para o bolso, o uso do etanol será bem-vindo se o litro custar até 70% do valor do litro da gasolina. 

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