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Tudo o que você queria saber sobre o VW up!

Vocês pediram e o iCarros responde a todas as dúvidas sobre o up!, o novo popular da Volkswagen

17/03/2014 - Texto e Fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros

Vocês perguntam e o iCarros responde: qual é a do Volkswagen up!? Para isso, o iCarros selecionou algumas dúvidas de leitores nas redes sociais para não deixar nenhuma interrogação pendente. O pequenino da Volkswagen foi lançado em fevereiro e causou comoção. Uns torceram o nariz para o visual. E a maioria não entendeu bem o preço, elevado na opinião do público. O motor 1.0 flex de três cilindros e seus 82 cv de potência com etanol também não foi unanimidade entre os leitores.

Para responder a essas e outras questões sobre o carrinho, o iCarros avaliou a versão move up! de quatro portas. Entre os itens de série relevantes, apenas o organizador de porta-malas (uma tampa que divide o compartimento e pode ser recolhida), rodas de 14 polegadas, limpador e desembaçador traseiros, além de vidros e travas e elétricas. Os equipamentos são opcionais na configuração mais barata take up!.

Primeiro: o que dói no bolso

Básico, o carro avaliado custa R$ 30.300. O Fiat Palio Fire Economy com quatro portas sai por R$ 26.520. Apesar de a diferença ultrapassar os R$ 3.000, o modelo da Fiat não traz nada além de itens obrigatórios de série. Limpador e desembaçador traseiros, por exemplo, são opcionais no Palio.

Porém, é hora de começar a escalada dos preços: o up! possui pintura metálica (R$1.030), aquecimento (R$ 460), rádio com Bluetooth (R$ 530) e alto-falantes (R$ 230). Tudo totaliza R$ 32.550 para um carro que, em última instância, ainda é um popular compacto sem ar-condicionado ou direção assistida. Equipado de maneira similar, o Palio custa R$ 29.568.

O valor das revisões também influencia na decisão de compra e é preciso lembrar que o intervalo entre as verificações é de 10.000 km, ou seis meses, o que ocorrer primeiro. A duas primeiras revisões custam R$ 220, enquanto as mais caras entre as dez iniciais são a sexta e a décima, R$ 282,47. O preço inclui apenas as peças, pois o custo de mão de obra varia de acordo com o conscessionário.

Em termos de seguro, o up! na configuração move up! custa ao motorista 1.448,36 na cotação para homem, solteiro, de 28 anos, que usa o carro apenas para trabalhar, residindo na zona Norte de São Paulo (SP) e com garagem tanto no endereço de residência quanto no de emprego. Trocando-se para alguém mais novo, na casa dos 20 anos, esse valor já salta para R$ 2.555 reais nas mesmas condições de uso.

Nesse quesito, o público está certo. No papel, o up! é um carro caro. Porém, é preciso lembrar que o Volkswagen tem um projeto bem mais moderno, o que se traduz em mais espaço por dentro, mais bem planejado para os passageiros. Um indício é o posicionamento das rodas nas extremidades, maximizando o interior. Além disso, a qualidade dos materiais e da montagem das peças surpreende para um carro de entrada e deve virar referência para os rivais.

O up! mede 3,6 m de comprimento, 1,5 m de altura, 1,6 m de largura e possui 2,4 m de entre-eixos. O carro leva quatro adultos (desde que os passageiros da frente não empurrem todo o banco para trás), com espaço razoável para joelhos e cabeças. Um terceiro carona no banco traseiro não é recomendável, mas é possível.

Ele anda bem? É econômico mesmo?

Outra dúvida recorrente é quanto ao desempenho do motor. O bloco flex de três cilindros gera 82 cv com etanol e 75 cv com gasolina. De torque, entrega 10,4 kgfm e 9,7 kgfm, respectivamente, atingindo o pico em 3.000 rpm. Considerando que na versão move up! de quatro portas o carro pesa apenas 943 kg, não há motivo para duvidar do desempenho. 

Mas foi preciso ver nas ruas o que o carrinho da Volkswagen poderia fazer. Com a embreagem leve e uma alavanca de câmbio de fácil manuseio, enfrentar o trânsito caótico de São Paulo (SP) não foi problema. Muito menos as ladeiras da cidade e, nesse ponto, o up! surpreendeu. O motor ganha giro rapidamente e passa ao motorista a sensação de estar sempre disposto. Mesmo nas mais íngremes, não pediu primeira marcha, nem com o carro cheio. Na cidade, o up! está aprovado. E na estrada, o terror dos carros 1.0? O iCarros colocou quatro adultos no carro mais bagagens que ocuparam cerca de metade dos 285 litros de capacidade do bagageiro e foi para Tatuí (SP), via Rodovia Castelo Branco num trecho de 300 km ida e volta. Levando-se em conta que ainda se trata de um 1.0, o carro foi bem, manteve 120 km/h na estada sem dificuldade e não pediu reduções de marcha nas elevações. O carro estava abastecido com gasolina, situação em que rende menos potência.

A principal surpresa, no entanto, veio na hora de abastecer. O trajeto de ida foi congestionado e o de volta livre, mas a relação do câmbio de cinco velocidades é curta, o giro estava alto. Uma receita para consumo elevado. Porém, abastecido com o derivado de petróleo, o carrinho registrou 16,2 km/l, lembrando que a versão avaliada não tem ar-condicionado nem assistência de direção.

É um carro seguro?

Segurança vai muito além dos airbags e ABS obrigatórios. O up! conseguiu nota máxima em proteção para adultos tanto no modelo europeu (avaliado pela Euro NCAP) como no brasileiro (Latin NCAP) graças ao seu projeto mais moderno. De fato, a única coisa de segurança em que o Volkswagen poderia melhorar é a adoção de cinto de três pontos e encosto de cabeça para passageiro do meio do banco traseiro. Dá pra entender que o modelo europeu leva só quatro pessoas e que a legislação brasileira não exige tais equipamentos, mas, para ser chamado de carro mais seguro da categoria, esses detalhes são imprenscindíveis.

Além de equipamentos e projeto, outro campo em que o up! se mostrou seguro foi na dirigibilidade. Claro que a direção mecânica exige um pouco mais de habilidade do motorista para contornar curvas, pois ganha peso conforme a massa do carro se transfere de um lado para o outro, mas não assustou e foi bem previsível no comportamento. Os pneus 175/70 R14, altos para esse tamanho de roda, foram confortáveis na buraqueira, mas perderam aderência com certa facilidade tanto em curvas como em frenagens, mas isso foi apenas em situações limite, abusando do conjunto.

Como o formato do carro é quadrado, manobras e balizam são simples e sem sustos. A visibilidade agrada e o único ponto cego do carro são as colunas dianteiras, mais grossas. Vamos colocar dessa maneira: é tão simples estacionar um up! que ninguém que dirigiu o carro sentiu falta de um sensor de ré nem de direção hidráulica.

E esse visual, hein?

Depois do preço, o item mais polêmico e comentado no lançamento do up! foi o visual. Quadrado, pequeno e relativamente alto, o modelo lembra um pão-de-forma com rodas. Houve quem achasse que se tratava de um Fox pequeno, quem torcesse o nariz e quem aprovou o Volkswagen. No final das contas, o carro não passa despercebido. Chamar de feio ou bonito é subjetivo, mas é um alívio saber que a marca lançou um carro fora de seu padrão global (leia-se: não tem frente de Gol). Com o tempo, o susto do primeiro encontro passa e o modelo acaba sendo muito mais simpático do que estranho.

O up! é mesmo o “Fusca do futuro”?

Essa bola quem levantou foi o próprio Luiz Alberto Veiga, gerente de Design da Volkswagen, que afirmou no lançamento do carro que o hatch seria o Fusca do futuro. De fato, o up! é o carro mais barato da marca, assim como o Fusca foi por muito tempo.

Acharam o up! caro? Pois saibam que em 1975 (ano de fabricação do Fusca das fotos), ter um “besouro” custaria R$ 46.899, atualizando o valor de compra de CR$ 24.383 da época pelo IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas. E modesto é apelido para os itens de série. Digamos que tampa de porta-luvas era um equipamento a ser citado como diferencial. Mas, como no up!, tudo bem montado, tanto que venceu o teste do tempo e o carro, beirando seus 40 anos de uso, continua rodando.

Além disso, o up! tem um visual controverso e um motor pouco comum. Imaginem o que foi na década de 1950 com a chegada dos primeiros Fusca ver carros pequenos de formato arredondado e um motor esquisito de cilindros contrapostos grilando como um inseto pelas ruas numa época em que o padrão de carro por aqui eram as enormes barcas dos EUA. Simples, bem montado, carismático e eficiente, o up! só ficou devendo mesmo um motor e tração traseiros para ser chamado de “Fusca II”. Uma pena, já que o esboço original do carro previa tal configuração.

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