entre ou cadastre-se

mais serviços

mais serviços

Um bonde chamado recalque: Camaro,Evoque,MINI

Tem dinheiro para gastar e quer chamar a atenção por onde passa? Camaro, Evoque e MINI são as melhores opções

17/02/2014 - Texto e Fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros

Você tem um bom dinheiro para investir num carro e muita disposição para aparecer? O iCarros separou três opções de modelos para chamar a atenção nas ruas. Com eles, é beijinho no ombro para os invejosos, pois quem vai ter a atenção é você. Saiba como é estar a bordo do Chevrolet Camaro, do Range Rover Evoque e do MINI Cooper Roadster JCW.

A escolha óbvia: Chevrolet Camaro

Pode admitir. Você mal leu Camaro e já começou a cantar... De estrela do cinema, no filme em “Transformers”, a tema de música sertaneja, poucos carros causam tamanho alvoroço por onde passam como o esportivo da Chevrolet. Culpa, em parte, claro, da superexposição na mídia. O modelo custa R$ 219.990. Carros mais caros podem passar batido, simplesmente por não serem conhecidos. Porém, a bordo do Chevrolet, esse com certeza não é o caso.

Dirigir o modelo é um exercício de reparar na quantidade de pessoas que apontam, comentam e, muitas vezes, gritam ao ver o carro. As crianças adoram, pulam, pedem para dar uma volta sem o menor compromisso e, quando o giro ao redor da quadra termina, querem repetir a dose e rever a brutal aceleração do nada modesto motor 6.2 V8 a gasolina de 406 cv.

Com os adultos não foi diferente. Num ato extremo, um pedestre pediu formalmente para tirar uma foto ao lado do carro. Estacionar o Camaro na rua era um convite para pedir que três ou quatro pessoas se afastassem para que o motorista pudesse entrar. 

Para quem vai atrás do volante, o que realmente importa saber antes de comprar um é que, sim, o carro tem um desempenho tão forte quanto a potência declarada do motor sugere, cumprindo a aceleração de 0 a 100 km/h em 4,8 segundos apesar dos nada modestos 1.790 kg da carroceria e da transmissão automática convencional de seis marchas, que não é tão rápida quanto as caixas de dupla embreagem.

Além disso, o Camaro é grande. São 1,9 m de largura, 4,8 m de comprimento, 1,4 m de altura e 2,8 m de entre-eixos. Juntando a isso às linhas do carro, que sobrepõem a forma sobre a função, é um carro com pouca visibilidade, o que dificulta no tráfego urbano e em manobras. O que também não facilita a convivência na cidade é consumo, de cerca de 4 km/l segundo o próprio computador de bordo. Mesmo assim, basta uma pisada funda no acelerador e uma pequena derrapada de traseira para fazer o motorista rir à toa novamente e nem lembrar destes pequenos poréns.

Falando neles, o Camaro entrega desempenho equivalente ao de modelos europeus que, não poucas vezes, custam o dobro que a Chevrolet cobra. Mas isso não é desculpa para alguns deslizes, como a dificuldade para usar os bancos traseiros, a pequena abertura do porta-malas e o acabamento simples pelo valor pago, com alto emprego de plástico na cabine.

A escolha sensata: Range Rover Evoque

O SUV estiloso da Land Rover já virou vista comum em alguns bairros abastados das grandes cidades. Porém, enquanto o Camaro impõe sua presença com porte e linhas agressivas, o Range Rover Evoque faz uma pequena sugestão: “olhe para mim”. Apesar de medir 1,6 m de altura, a pintura em dois tons (branco com teto e rodas pretas) da versão Dynamic fazem o carro parecer mais baixo. Um misto de cupê com jipe como a marca pretendia desde o lançamento do carro. Equipado como o carro das fotos, custa R$ 205 mil.

Os faróis com LED na frente, bem afilados, deixam a frente do carro mais elegante que agressiva. De perfil, apesar de o teto ser praticamente plano, as linhas ascendentes das laterais dão impressão de que a peça tem um caimento como num cupê.

Apesar de não atrair os olhares de maneira tão generalizada como o Camaro, o Evoque prefere selecionar os olhares. Quem reparou na presença do SUV estava a bordo de outros carros com o mesmo tipo de carroceria ou em modelos até mais caros que o da Land Rover.

Mais que chamar a atenção por fora, o Evoque evoca os olhares para dentro, onde guarda as maiores surpresas. O acabamento em couro não fica só nos bancos. Parte da base das portas e chega às colunas. O grande teto de vidro panorâmico impressiona os passageiros, principalmente, à noite e o com o céu limpo. Além disso, há o sistema de iluminação interna, com coloração variável ao gosto do motorista. São seis cores à disposição.

O carro também estaciona sozinho, o que pode assustar pedestres e passageiros desavisados. Apesar da pequena janela traseira, o Evoque se redime com cinco câmeras postas ao redor do veículo (duas frontais, duas laterais e uma traseira). Visibilidade não é problema nesse SUV.

Dotado de um propulsor 2.0 a gasolina e nada menos que 1.640 kg, o Evoque tinha tudo para ser lento, mas não é, graças ao sistema de turbocompressor que faz o motor desenvolver 240 cv de potência, mais que alguns esportivos de verdade. O 0 a 100 km/h em 7,6 s não é de impressionar, mas se tratando de um pesado SUV, o carro entrega bastante.

O que importa mesmo é a sensação dentro do carro, onde o motorista gruda nos bancos tipo concha da versão Dynamic toda a vez que o acelerador vai até o final do curso. Ainda assim, o Evoque se mostrou comedido em consumo, considerando o desempenho e o peso. Num trecho misto de 50% de uso urbano e 50% de uso rodoviário, a média foi de 7,5 km/l.

Mesmo se o motorista não abusar da aceleração, o Evoque responde rápido com a transmissão automática de seis velocidades, que aprende com o comportamento do motorista e adianta as reduções de marcha.

A principal surpresa em se tratando de um carro alto, com 1,9 m de largura e 4,4 m de comprimento, foi o comportamento dinâmico (sem trocadilhos com a versão). O acerto de suspensão mais firme em relação a outros SUVs ajudou, mas o Evoque fez curvas de maneira exemplar e tração integral foi determinante para manter o traçado nas mudanças de direção.

A escolha insana: MINI Cooper Roadster JCW

Quem conhece a fundo os modelos da MINI, já ouviu falar de um senhor chamado John Cooper. Foi ele quem preparou os carros da marca que venceram o Rali de Monte-Carlo em 1964 e 1965, deixando Porsche e Saab para trás. Em homenagem a essa história, a MINI reserva apenas aos modelos mais potentes a denominação JCW (John Cooper Works), como é o caso do Roadster avaliado.

Diferenciado pelo cupê em que se baseia pela capota de tecido retrátil, este MINI oferece uma experiência ao ar livre. Apesar de manual, a operação do teto é simples e não exige muito esforço. Isso facilita os indecisos de plantão a optar pela capota abaixada ou levantada, aproveitando o ar-condicionado.

Com a peça recolhida é quando o MINI chama mais a atenção. Porém, ao contrário do Camaro do Evoque, não é só admiração que aparece nos olhos dos observadores. É um misto de medo e espanto dos pedestres que custam a acreditar que alguém está dirigindo um carro tão caro (o Roadster JCW custa R$ 159.950) com a capota aberta e sem temores de ser assaltado. O público brasileiro não está acostumado com tamanha ousadia.

E este MINI é bem seletivo. Leva apenas dois passageiros sem conversa. Então prepare-se para organizar a fila de amigos que com certeza vão querer pegar uma carona nesse pequeno bólido.

Apesar de chamar a atenção nas ruas, o Roadster apela mais para quem dirige. Com um pequeno motor 1.6 a gasolina turbinado, o modelo entrega 211 cv de potência, mais que o suficiente para empurrar os 1.265 kg do carro, que mede apenas 3,8 m de comprimento, 1,7 m de largura e 1,4 m de comprimento. O câmbio é automático de seis velocidades.

Para acrescentar à proposta esportiva, o Roadster JCW conta com um sistema de escape esportivo maior e com um gerenciamento eletrônico que aumenta a vazão de ar (leia-se barulho) quando o modo Sport é ativado. São necessários 7,1 s para acelerar de 0 a 100 km/h.

Apertando este botão, o ronco encorpa e ressoa em ambiente fechados. Além disso, pipoca quando o acelerador é aliviado, como num carro de competição. Aliando-se esses itens, o resultado é um carro ágil e gostoso de dirigir. A direção responde rapidamente. Com suspensão independente nas quatro rodas, o Roadster JCW contorna curvas sem esforço ou rolamento, fazendo até o mais infernal dos karts de competição suar para acompanhar. Como um dos passageiros relatou a bordo do carro: “o MINI pode não pegar o Camaro na reta, mas, na serra, come ele com farinha, cospe e ainda fala que não gostou”. Combina com a personalidade do MINI.

Em velocidades acima de 80 km/h, um aerofólio se levanta da tampa do porta-malas para auxiliar na aerodinâmica, mas qual é a graça disso? Por este motivo, a MINI colocou um botão no console do teto para controlar eletronicamente a abertura e fechamento da peça. Falando em botões, eles remetem à aviação. Todos os comandos de luzes, abertura de portas e de janelas são feitas por botões do tipo chave, o que ressalta o tom de esportividade.

Para compensar a falta do banco traseiro, a MINI equipou tanto o Roadster como o Coupé com uma pequena abertura no painel que separa a cabine do porta-malas, facilitando acesso ao compartimento. Mesmo rápido e comprometido com o desempenho, o modelo consegue ser prático e divertido (e o mais barato do grupo).

  • Compartilhe esta matéria:
 

Faça seu comentário

  • Seguro Auto

    Veja o resultado na hora e compare os preços e benefícios sem sair de casa.

    cotar seguro
Ícone de Atenção
Para proteger e melhorar a sua experiência no site, nós utilizamos cookies e dados pessoais de acordo com nossos Termos de Uso e Política de Privacidade. Ao navegar pela nossa plataforma, você declara estar ciente dessas condições.