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VW Fox completa dez anos com tudo no azul

Sabe o hatch mais altinho? Fórmula do VW Fox completa dez anos e a marca faz do carro um celeiro de tecnologia

18/10/2013 - Thiago Moreno / Fotos: iCarros e divulgação / Fonte: iCarros

No final de 2003, a Volkswagen apresentou ao mercado brasileiro o Fox, hatch compacto cujo apelo principal era baseado no amplo espaço interno e na versatilidade da carroceria, sem deixar de ser pequeno. "Fizemos o Fox para atrair um público mais jovem para a marca, já que o Gol é um carro mais tradicional", explicou Henrique Sampaio, gerente de Marketing de Produto da Volkswagen. Mais que isso, o Fox foi uma maneira que a marca encontrou para dar mais volume à produção da plataforma PQ24, já usada pelo Polo. De lá pra cá, o carro foi de alternativa versátil a um celeiro de novidades da marca. 

Atualmente, a linha oferece três opções de motorização, duas delas já são velhas conhecidas do consumidor e acompanham o carro desde o início: 1.0 flex, de 76 cv com etanol e 72 com gasolina, e 1.6 flex, de 104 cv com etanol e 101 cv com gasolina. A terceira, porém, é uma das novidades da Volkswagen para seus futuros projetos.

Apresentada em junho, a versão Bluemotion 1.0 tem três cilindros e 82 cv com etanol (75 cv com gasolina). O motor é 24 kg mais leve que o equivalente de quatro cilindros, é feito em alumínio, tem comando que varia o tempo de abertura de válvulas e duplo circuito de arrefecimento, que garante que o cabeçote e o bloco do motor operem em temperaturas distintas para maior eficiência. Tanquinho de partida a frio? Esqueça, agora até esse modelo de entrada já tem sistema de pré-aquecimento para o etanol. Fabricado em São Carlos (SP), o motor também equipará o compacto Up! que deverá substituir o obsoleto Gol G4 no posto de carro de entrada Volkswagen no Brasil em breve.

Para fazer jus ao título de economia, a direção do Bluemotion tem assistência eletro-hidráulica, que rouba menos potência do propulsor em manobras que a hidráulica convencional. Os pneus fazem o carro deslizar pelo asfalto com mais facilidade. Além disso, o conjunto roda e pneu é mais estreito: o Fox convencional usa rodas de 15 polegadas com pneus 195/55, enquanto o Bluemotion tem peças de 14 polegadas com pneus 175/70. Para ajudar com a aerodinâmica, o carro ganhou também um kit composto por um aerofólio traseiro e a grade superior dianteira tampada para menor resistência contra o ar.

Mesmo com 10,4 kgfm de torque com etanol (o 1.0 de quatro cilindros tem 10,6 kgfm), o Bluemotion é ágil no trânsito e chega a desenvolver mais que um 1.0 convencional. Como o computador de bordo tem indicador para o tempo de troca de marcha, a condução fica também econômica. Em uso urbano, a marca não foi menor que 14 km/l e, na estrada, era fácil obter mais que 17 km/l, com gasolina. Na estrada, outro benefício provido pelo pacote aerodinâmico é o baixo ruído. Mesmo a 120 km/h, é possível conversar dentro do carro sem o menor esforço. Como ocorre com outros três cilindros no mercado - Hyundai HB20 e Kia Picanto -, o ruído do motor é único. Em vez de contínuo, o motorista é acompanhado por um ronco descompassado, típico de propulsores com número ímpar de cilindros.

A conta de tanta tecnologia afeta o preço do carro, lembrando que ainda se trata de um 1.0. Custa R$ 32.590 na versão de duas portas e R$ 34.790 na de quatro. São R$ 750 a mais que o Fox normal com tais carrocerias. A lista de itens de série traz airbag duplo, freios ABS, direção assistida, ajuste de altura para o banco do motorista e computador de bordo. O carro das fotos, por exemplo, com vidros elétricos, ar-condicionado, sensor de ré e pintura metálica, chega a custar mais de R$ 43 mil.

Associação canina

A raposa, Fox, em inglês, é um animal astuto. O nosso Fox também. Apesar das dimensões compactas (3,8 m de comprimento e 2,5 m de entre-eixos), o carro acomoda quatro adultos e o 1,5 m de altura garante espaço para a cabeça. Até hoje, é o único compacto a oferecer o banco traseiro corrediço, que permite escolher entre mais espaço para os passageiros ou para a bagagem. "Como o público deste carro era mais jovem e urbano, apostamos também nos porta-trecos", diz Sampaio. Eles estão nas portas, no console central e na gaveta sob o banco do motorista.

Além do banco corrediço, o Fox inaugurou uma série de novidades na linha da Volkswagen do Brasil. Foi o primeiro 1.0 flex da marca. "Na época do lançamento, oferecíamos uma versão a gasolina, que era até um pouco mais barata que a flex, pois tínhamos receio de que o público não aceitasse a nova tecnologia. Porém, o que vimos foi uma demanda muito maior pelo flex", lembra Sampaio. O Fox, projeto brasileiro, foi exportado para a Europa até 2009, substituindo o pequeno Lupo. Por lá, tinha motores de três cilindros a gasolina e a diesel e um quatro cilindros 1.4 a gasolina, propulsor que até hoje é usado na Kombi.

No segundo facelift que o carro sofreu, em 2009, foi o primeiro da marca no mundo a ter a nova linguagem visual global, com a grade dianteira e os faróis mais retangulares. "Nesta época, fizemos clínicas com clientes e, na opinião deles, uma das coisas que precisavam melhorar era o acabamento interno, já que o Fox foi pensado como carro de entrada", conta. Foi assim, por exemplo, que o criticado painel de instrumentos pequeno, com os medidores de difícil leitura, passou a ser convencional. Outros itens, como os painéis de porta, antes inteiramente de plástico, receberam mais atenção.

Um dedo de imprudência

Em 2004, um episódio marcou negativamente a história do Fox. A tira de pano que destrava o encosto do banco traseiro foi responsável por decepar a ponta do dedo do químico Gustava Funada, em São Sojé dos Campos (SP). Funada não encontrou a tira e usou o dedo para puxar a argola que liga a tira à trava do encosto. Destravada, a peça caiu sobre seu dedo.

A Volkswagen na época alegou que o incidente ocorreu por Funada não ter consultado o manual do propiretário antes da operação e um processo rolou até 2008 quando, finalmente, a marca cedeu e convocou na época mais de 500.000 carros para um recall. Hoje, ainda é possível ver o resultado desse problema no Fox. Atrás do encosto traseiro, dois grandes adesivos ensinam a operação correta do mecanismo.

Público-alvo justifica perfil inovador 

Segundo Henrique Sampaio, "quem compra um Fox, geralmente, é um cliente mais urbano, pois no interior, o público é mais tradicional e prefere o Gol". Segundo a Volkswagen, o comprador típico de um Fox tem entre 22 e 45 anos e, em sua marioria, são pessoas solteiras e sem filhos. "Esse público aceita e quer, novidade. Por isso também que o carro tem tantas séries especiais". E não foram poucas. Fox Sunrise, Fox Black e agora Fox Rock in Rio. E o futuro? Segundo Sampaio, não muda: "O Fox vai continuar a trazer novidades, mas suas principais características continuarão e o carro ainda terá vida longa".

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