entre ou cadastre-se

mais serviços

mais serviços

Com Swift Sport, Suzuki quer divertir também no asfalto

Swift Sport é apresentado pela Suzuki no Brasil e quer mostrar que a marca também diverte no asfalto

27/08/2014 - Texto e Fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros

Caso você pense na linha da Suzuki disponível no Brasil, poderia imaginar que a marca só fabrica modelos de apelo aventureiro. Estão lá o hatch SX4 - com tração integral -, o jipinho Jimny e o SUV Grand Vitara. Porém, a empresa passa a oferecer por aqui uma segunda opção importada do Japão, dessa vez mirando o asfalto: o Swift Sport. O hatch desembarca no País em duas versões, a Sport (R$ 74.990) e a Sport R (R$ 81.990). O carro chega às lojas na última semana de setembro.

Achou muito dinheiro por um carro pequeno? Fica melhor se for levada em consideração a concorrência que a Suzuki mira para o carrinho: Audi A1, MINI One e Citroën DS3. Todos custam ao menos R$ 80 mil em suas respectivas versões de entrada.

Sendo mais em conta, o Swift, claro, tem algumas desvantagens. O acabamento interno é simples, com emprego de plásticos rígidos e design conservador, enquanto os bancos de regulagem manual são cobertos apenas por tecido e o porta-malas carrega 220 litros com esforço. O design, apesar de carismático, não é tão ousado ou marcante quanto o dos rivais.

Mas se você entrou aqui apenas para ler alguém falando mal do carro, isso é tudo.

“Please, have fun”

Esse é o mote da Suzuki em sua campanha para o Swift Sport. Em português, traduz-se livremente como “Por favor, divirta-se”. Mas se divertir como? No papel, o Swift não impressiona. O pequeno 1.6 16V a gasolina oferece 142 cv e 17 kgfm de torque. A maioria dos carros concorrentes tem turbo e muito mais potência e torque.

Suspensão? McPherson na frente e eixo de torção atrás, como qualquer hatch de entrada hoje em dia. E - pecado dos pecados - só oferece câmbio manual de seis marchas. Não há automático como opção.

É caro para um hatch e o acabamento é simples. Pra ser um carro divertido precisaria de tração traseira, turbo, 717 cv (né, Dodge?) e um sistema de suspensão complexo com vários links que nem a Fórmula-1, certo? Ah, incautos.

O Swift Sport começa a se revelar quando se está atrás do volante. O propulsor dá o pico de torque a elevados 4.400 rpm, mas isso não é problema, já que o motor ganha velocidade facilmente e opera suave mesmo próximo ao corte de giro, que ocorre aos 7.000 rpm, sem perder o fôlego.

Isso se dá graças ao sistema de duplo comando de válvulas variável e ao sistema de admissão que que consegue modular a entrada de ar na injeção eletrônica e gerar mais torque em baixas rotações.

Sem qualquer sobrealimentação, as respostas do motor são diretamente proporcionais à força imposta pelo pé direito do motorista. Não há espera pelo turbo nem susto quando esse sistema começa a atuar. Além disso, você escuta o motor. Claro que nota-se o assobio dos turbinados, mas se você quer interagir com a “máquina” automóvel, ouvir exatamente o que ela diz sem ser filtrado por turbinas ou sistemas de escape artificiais que reproduzem o som pelos alto-falantes é o ideal.

Apesar de ter a mesma configuração de suspensão que um modelo barato, a calibração é esmerada. O Swift é relativamente alto, com 1,5 m de altura. Tem ainda 3,9 m de comprimento, 1,7 m de largura e 2,4 m de entre-eixos. Ainda assim, faz curvas deixando a carroceria adernar pouco nas mudanças de direção.

Mesmo sendo fácil descobrir os limites do carro, é difícil ultrapassá-los. Forçando (muito) a barra, o eixo dianteiro começa a escorregar, o que é fácil de corrigir, basta aliviar o acelerador. Você pode frear o carro no meio da curva, mudar a trajetória propositalmente no meio do caminho, enfim, tudo para estressar a carroceria e, mesmo assim, com pequenas correções no volante e no acelerador o carro volta à trajetória.

Direção, aliás, que tem assistência elétrica, mas passaria despercebidamente como hidráulica. Leve nas manobras, ganha peso com a velocidade e exige pouco esterço para que as rodas comecem a virar. Isso faz com que as respostas venham prontamente.

Pesando 1.065 kg, o Swift é cerca de 100 kg mais leve que os concorrentes propostos pela Suzuki. O que ajuda tanto para compensar a falta de força do motor quanto no comportamento dinâmico digno do sobrenome “Sport” do carro.

O câmbio manual de seis marchas é uma prova de que o hatch não veio para brincadeiras. Nessa faixa de preço, a tendência é a de que a maioria dos carros tenha transmissão automática, mas para os que têm prazer ao dirigir nada supera o controle do manual.

O Swift é divertido: a alavanca tem engates curtos e precisos, privilegiando as trocas rápidas. Até mesmo o pedal da embreagem é propositalmente deslocado à esquerda para que a perna que a aciona fique em linha reta em relação ao tronco do motorista.

No final das contas, tem-se um carro leve, sempre na mão e que “chama” o motorista para andar rápido. E fazer tudo isso num pacote tão pequeno e humilde quanto o Swift é o que o torna digno de ser chamado tanto de esportivo quanto de divertido, independentemente do que o papel diz.

Xi, fiz besteira. E agora? – Pra quem se deixar levar e ultrapassar a tênue linha entre divertido e perigoso, o Swift Sport conta com controles de estabilidade e tração e seis airbags de série em todas as versões. Isso além do obrigatório ABS que atua nos quatro freios a disco do carro. Além de andar bem, ele te protege da mesma maneira.

Nem tão divertido, mas importante.

Quem optar pelo Swift Sport mais barato, leva bancos dianteiros com estrutura nas laterais para melhor suporte do ocupante, rodas de 16” com pneus 195/50, direção elétrica, ar-condicionado automático, rádio com conectividade via Bluetooth e USB, faróis de xenônio, destravamento de portas e partida com chave presencial e piloto automático. O Sport R adiciona pintura em dois tons, rodas de 17” com pneus 205/45 e sensor de estacionamento traseiro. Opcionais? Apenas o kit multimídia com navegação por GPS (R$ 4 mil) e diferencial final mais curto para melhorar a aceleração e as retomadas. Sim, você não leu errado, uma peça mecânica de performance faz parte da pequena lista de opcionais.

Vai vender? – O Swift Sport consegue causar admiração no mais desconfiado dos entusiastas, escaldado por décadas de versões “esportivas” que tinham pouca ou nenhuma melhoria mecânica e adicionavam adesivos e rodas maiores. Então quando a Suzuki assume uma meta de vender 100 carros por mês em suas 52 concessionárias brasileiras, não é difícil ver esse objetivo sendo atingido. “É um carro para fortalecer a marca, não para fazer volume. Pra mostrar que a Suzuki não faz só 4x4”, afirma Luiz Rosenfeld, presidente da empresa no Brasil – e ele está certo.

 

Test-drive a convite da Suzuki

  • Compartilhe esta matéria:
 

Faça seu comentário

  • Seguro Auto

    Veja o resultado na hora e compare os preços e benefícios sem sair de casa.

    cotar seguro
Ícone de Atenção
Para proteger e melhorar a sua experiência no site, nós utilizamos cookies e dados pessoais de acordo com nossos Termos de Uso e Política de Privacidade. Ao navegar pela nossa plataforma, você declara estar ciente dessas condições.