entre ou cadastre-se

mais serviços

mais serviços

Carros modernos mudam a forma de dirigir

Intervenção do motorista é cada vez menos necessária com novas tecnologias que mudam o jeito de guiar

31/10/2011 - Texto e fotos: Fernando Pedroso / Fonte: iCarros

Aprender a usar a embreagem, frear sem travar as rodas, fazer baliza e outras técnicas para tirar um carro do lugar são procedimentos corriqueiros para aqueles que aprendem a dirigir. A prática, no entanto, tem ficado cada vez mais fácil com a tecnologia que equipa os lançamentos automotivos. O câmbio automático existe no Brasil desde os anos 70; airbags e freios ABS também já possuem algumas décadas de história na indústria automotiva. Nos últimos anos, no entanto, alguns lançamentos nos deixam cada vez mais próximos do dia em que os carros terão vida própria.

Dessa forma, a intervenção dos motoristas tem ficado cada vez mais desnecessária, como, por exemplo, no caso do novo Volkswagen Passat, que passou por um facelift em maio e ganhou duas tecnologias. Uma é o Park Assist II, segunda geração do equipamento que estreou no Tiguan, mas que agora está disponível no sedã e na perua. O motorista aperta uma tecla no console e ele procura por uma vaga, que pode ser paralela à guia ou em 90°. Ao localizar o espaço ideal, cabe ao condutor colocar o câmbio em R (ré) ou D (drive) e acelerar e frear. O volante vira sozinho para encaixar o veículo na vaga. E ainda dá para acompanhar tudo por uma câmera instalada na traseira.

É uma tecnologia nova, mas que ainda tem muito a evoluir. Nos testes do iCarros, nos dois tipos de vaga, foi mais fácil estacionar da forma antiga que com o Park Assist, que manobra demais o carro e por qualquer motivo desativa e obriga repetir tudo desde o começo. É claro que ao fazer a baliza manualmente, os sensores de estacionamento e a câmera foram muito úteis.

É só virar o volante

Outra nova tecnologia do Passat é o ACC (Adaptative Cruise Control, ou controle de cruzeiro adaptativo). O motorista deve apenas regular a velocidade e a distância que quer manter do veículo à frente. O carro, então, vai manter a velocidade programada, como em qualquer outro controle de cruzeiro, comumente chamado de piloto automático, mas com o diferencial de “ler” o que tem à frente na rodovia.

Então, se um carro estiver a uma velocidade menor na estrada, o veículo vai frear sozinho e se manter atrás na distância programada. Quando a via estiver livre novamente, vai acelerar e voltar à velocidade normal. Se o trânsito parar, o carro vai parar também, sozinho. Ao condutor cabe apenas controlar o volante de direção. Em menor grau de atuação está o Front Assist, que freia o carro ao “ver” um carro, pedestre ou objeto à frente. A medida tenta amenizar os impactos de uma batida e aumenta a pressão sobre os freios.

Outros equipamentos

Se o Passat dá uma boa amostra de como a tecnologia muda o nosso modo de dirigir, o que dizer de carros de luxo, que usam equipamentos ainda não acessíveis em carros mais baratos, mas que devem chegar em breve. Um exemplo é o Audi Pre Safe, disponível em alguns modelos de luxo da marca. Um radar vê se tem um veículo à frente e emite um sinal sonoro e luminoso. Caso o motorista não tome nenhuma atitude, começa a frear sozinho. Em uma batida iminente, fecha os vidros, o teto solar e tenciona o cinto de segurança.

A Volvo, conhecida pela segurança de seus carros, equipa seus carros com um sistema que para o carro quando abaixo de uma determinada velocidade com o intuito de evitar uma batida. Mesmo sem a atuação do motorista, o carro consegue parar completamente.

E o futuro?

É difícil prever o que os carros vão mudar daqui para frente, mas alguns estudos já são feitos para criar novas formas de evitar acidentes sem depender do motorista. Em um deles, da GM, os carros se comunicam entre si. Cada veículo é localizado por um sistema GPS que emite um alerta caso haja riscos de colisões, em um sistema bastante parecido com o de aviões.

Outro estudo está sendo feito pela Volvo que é o Sartre, sigla em inglês para comboio seguro para o meio-ambiente. O conceito do programa é ter somente um veículo sendo dirigido, como se fosse uma locomotiva. Outros veículos então se ligam eletronicamente ao comboio e seu carro, através de sensores de distância e velocidade, se locomove sozinho como se fosse um vagão. Durante o trajeto, em vez de dirigir, o motorista pode ler um livro, se quiser, até o momento que precisa seguir por uma trajetória diferente. Aí, ele se desliga do comboio e volta a assumir o controle do veículo.
  • Compartilhe esta matéria:
 

Faça seu comentário

  • Seguro Auto

    Veja o resultado na hora e compare os preços e benefícios sem sair de casa.

    cotar seguro
Ícone de Atenção
Para proteger e melhorar a sua experiência no site, nós utilizamos cookies e dados pessoais de acordo com nossos Termos de Uso e Política de Privacidade. Ao navegar pela nossa plataforma, você declara estar ciente dessas condições.