Buzina quebrada dá multa?

Não sei quanto a você, mas eu procuro incomodar os outros o mínimo possível. Isso inclui a minha maneira de dirigir e, por tabela, o modo como uso a buzina de meu carro – para começar, o mínimo possível. Mas se excesso é problema, a falta completa desse equipamento é infração e grave. 

Uma multa de exatos R$ 195,23 é o que prevê o Código de Trânsito Brasileiro para quem estiver dirigindo um automóvel sem buzina ou com uma que não funcione corretamente, além de cinco pontinhos anotados na CNH e até a retenção do veículo até que o problema seja resolvido. 

Um preço – e, com ele, um aborrecimento e uma perda de tempo – que geralmente são muito maiores do que simplesmente levar o carro para a oficina e consertar o defeito. O mais comum deles, aliás, é até clichê quando falamos de componentes elétricos: um fusível queimado. 

É claro que as causas podem ser outras, como um relé defeituoso. E, dependendo do tipo e do uso, a buzina pode sofrer desgastes em seus componentes e precisar ser substituída – mas, ainda assim, comprar uma delas nova, na maioria dos casos, vai custar bem menos que a multa. 

Outra causa possível é um mau contato, que pode acontecer por conta de um simples conector mal encaixado, um fio danificado ou mesmo o botão de acionamento – que costuma ficar no volante e, nos carros atuais, tem o mecanismo do air-bag por trás, exigindo cuidado – encrencado. 

O uso apropriado 

A buzina é inegavelmente um recurso importante em termos de segurança veicular e serve para alertar aos outros, motoristas, pedestres, ciclistas etc; sobre a iminência ou possibilidade de um acidente. E não para reclamar, protestar, se exibir ou “dizer oi” – usos mais comuns, reconheçamos. 

O mesmo Código de Trânsito também prevê multa para os, digamos, tagarelas ou nervosinhos da corneta. Quem buzina em engarrafamento, ou mesmo utiliza o equipamento durante períodos muito longos, está cometendo infração leve e pode ser aliviado em R$ 88,38. 

A mesma penalidade pode ser aplicada aos que utilizarem a buzina sem necessidade e de modo prolongado perto de hospitais ou de outros lugares em que houver placas de proibição, ou mesmo em qualquer outro local entre as 22h e as 6h. Além da multa, o infrator ganha três pontos na CNH. 

Como evitar dor de cabeça 

Como comentei lá no primeiro parágrafo, pessoalmente, uso pouquíssimo a buzina. Tão pouco que, em mais de uma ocasião, ela chegou ao ponto de escangalhar por falta de uso – no caso, era a de um Fusca e ficava instalada em um ponto baixo da dianteira, sujeito a respingos de água, pedras e poeira. 

Daí que uma boa ideia para evitar essas eventuais “surpresas afônicas” é se acostumar a, de vez em quando – de preferência em um local mais deserto e em horário compatível – dar umas buzinadinhas para verificar se o equipamento está funcionando corretamente. Se não estiver, oficina já! 

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