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Fiat tarda, mas não falha com o Bravo

Lançado na Europa em 2007, substituto do Stilo chega agora ao Brasil para brigar com Ford Focus e Hyundai i30

25/11/2010 - Fernando Pedroso, do Rio de Janeiro / Fonte: iCarros

O Fiat Stilo brigou bem com Volkswagen Golf e Chevrolet Astra na época do seu lançamento, em 2002. Foram cerca de 100 mil unidades vendidas durante os oito anos de vida do médio, que viu surgirem rivais mais modernos, como o Ford Focus e o Hyundai i30, os mais vendidos do segmento atualmente. Lançado em 2007 na Europa, o Bravo passa a ser fabricado no Brasil para entrar nessa briga. Mesmo com três anos de atraso, o hatch mostra que tem qualidades para entrar nessa disputa.

São três versões de acabamento, sendo as duas mais baratas equipadas com o motor de 1,8 litro 16V de 130 cv com gasolina e 132 cv com etanol a 5.250 rpm. O torque máximo aparece aos 4.500 giros com força de 18,4 kgfm e 18,9 kgfm, respectivamente. A topo de linha é a T-Jet, com propulsor de 1,4 litro turbo com 152 cv a 5.500 rpm e torque máximo de 21,1 kgfm entre 2.250 e 4.500 giros. Com o sistema Overbooster ligado, dá um pico de 23 kgfm em 3.000 rpm.

A porta de entrada da linha é a versão Essence, por R$ 55.200. Vem com direção com assistência eletro-hidráulica, ar condicionado, airbag duplo, faróis de neblina com sistema Cornering (acende o lado para qual o volante estiver esterçado), CD-player, rodas de 16 polegadas. Freios ABS, nessa versão, são opcionais. A Absolute, vendida por R$ 62.250, traz os freios, ar-condicionado digital de duas zonas, sistema Blue&Me de telefonia, rodas de 17 polegadas, sensor de estacionamento e volante com comandos de som e revestimento em couro. As duas podem ter o câmbio automatizado Dualogic.

Entre os opcionais, o Bravo inova em alguns acessórios, como o Rádio NAV, que integra o navegador GPS em uma tela de 6,5 polegadas no painel. Ele estreia na linha Fiat junto de itens já comuns em outros carros, como o sensor de estacionamento dianteiro, presente no Citroën C4, por exemplo, e os retrovisores externos rebatíveis. O Night Design, que vem no Absolute, tem luzes indiretas em alguns pontos da cabine, criando um ambiente mais agradável durante a noite. Outro mimo é o logo traseiro da Fiat, que serve de botão para abertura do porta-malas.

Por falar no bagageiro, a abertura da tampa é alta, devido ao para-choque mais pronunciado, e deixa o piso do compartimento mais fundo. Isso pode complicar a acomodação de objetos mais pesados. A capacidade, ao menos, é boa com seus 400 litros. O Focus perde por 50 litros e o i30, por 60 litros. Falando em espaço interno, quem vai na frente pode se acomodar bem. Os dois bancos possuem ajuste de altura manuais. Quem vai atrás, porém, tem de torcer para o motorista ou o passageiro não ter mais de 1,80 m de altura, ou vai ter de se apertar.

Posicionado ao volante, o motorista vai ter os comandos à mão com o console voltado para o condutor. Alguns botões, como o ajuste de altura dos faróis que, normalmente, fica à esquerda do volante, está à direita do rádio. É preciso se acostumar. Já com a mão no painel, os ocupantes podem reparar no acabamento, caprichado para a categoria. A Fiat foi feliz na escolha dos materiais e na montagem, bastante superior ao sedã Linea, só para ficar com um exemplo na mesma faixa de preço.

Boa dirigibilidade clama por um câmbio automático

Um dos maiores ganhos do Bravo em relação ao Stilo foi a troca do motor de 1,8 litro. O antiquado Powertrain deu lugar ao E.torQ, de funcionamento mais suave e eficiente. A aceleração é contínua, sem perder muito fôlego em baixa e entregando boa força em altas rotações. O câmbio de cinco velocidades está mais preciso, mas ainda é preciso "caçar" algumas marchas. Isso não prejudica a condução, auxiliada pela suspensão bem acertada entre a estabilidade e o conforto, outro salto em relação ao antecessor.

Com o câmbio Dualogic, o motorista ganha em conforto para o pé esquerdo, mas ainda vai sentir trancos nas mudanças de marcha. Durante o teste-drive que o iCarros fez no Rio de Janeiro, o carro se comportou de modo estranho na mudança da primeira para a segunda marcha, dando uma "estilingada". Em terceira velocidade e no modo automático, o giro sobe até quase 6.000 rpm para então passar para a quarta, mesmo sem o acelerador estar em plena carga. Algumas reduções também acontecem sem que o motorista queira. Segundo Carlos Eugênio Dutra, diretor de produtos da Fiat, o câmbio melhorou muito de dois anos para cá. "E ele ainda tem o que evoluir", garantiu o executivo dando sinais de que está ciente do problema.

A Fiat vende o Dualogic como automático. Lélio Ramos, diretor comercial, diz que a escolha pelo termo vem do seu funcionamento, teoricamente o mesmo de um automático tradicional, com conversor de torque no lugar da embreagem. "Fizemos pesquisas e detectamos que o consumidor não sente a diferença, além de o termo estar tecnicamente correto". Na prática, porém, o motorista precisa aprender a lidar com a transmissão, que funciona como uma caixa manual, mas com as trocas automáticas.

T-Jet, o esportivo bom de curva

O topo da linha do Bravo, como acontece com Punto e Linea, é a versão T-Jet, com motor turbo de 1,4 litro. Por R$ 67.700, o carro vem com câmbio manual de seis marchas, controle de estabilidade (ESP), sistema Hill Holder, que segura o carro em saídas em ladeiras e retoques visuais. Fazem parte das mudanças os spoilers dianteiro, laterais e traseiro, faróis escurecidos, saída dupla de escapamento e pinças de freios pintadas de vermelho. De série, o carro vem com rodas de 17 polegadas, mas as de 18" estão disponíveis.

No visual, nada do exagero do "irmão menor" Punto T-Jet. O interior não tem o painel da cor da carroceria, mas sim elegantes costuras vermelhas nos bancos e volante. As rodas, tanto a de 17 como a de 18 polegadas têm desenhos exclusivos e pintura prata. As versões 1.8 têm as peças com mesclas de prata e cinza.

O teste drive curto, no autódromo de Jacarepaguá, deu apenas noções do comportamento do esportivo, mas o que deu para notar bem foi sua capacidade de fazer curvas. O ESP entra em ação a todo o momento, corrigindo a trajetória do carro. Em algumas ocasiões, o hatch tem leves tendências a sair de traseira, voltando logo para seu caminho com a ajuda eletrônica. Segundo a fabricante, o T-Jet acelera de 0 a 100 km/h em 8,7 segundos e pode chegar aos 206 km/h.

Mercado - a Fiat espera vender 1.500 unidades por mês do Bravo, com 55% desse volume com a versão Essence, 40% com a Absolute e apenas 5% com a T-Jet. O Bravo chega às lojas com o motor 1.8 no dia 3 de dezembo. A versão T-Jet vai demorar e só estar à venda no primeiro trimestre de 2011.

 

 

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